terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Flecha fria

O rigor que acaba no vencimento de um querer
A loucura finda naquela palavra dita
Na penumbra do entardecer
Cruza o mar que se agita
A grandeza do envelhecer.

Eis a retirada parcial dos sóbrios senhores da vontade
A aura perdida daquele espanto
Que se atira às ondas da saudade
Como áureo pendor de recanto
Flecha fria sem bondade...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Costura poética

Suspiro da noite tardia
Raio de sol matinal
Que acolhe minha ousadia.

Frio querer de paixão
Louco feitio acolhedor
Que me transforma a sensação.

A ti devo minha rebeldia
Coração de fio natural
Costurado de fantasia.

A ti submeto a emoção
Com as linhas do rigor
Deste poema feito canção.