domingo, 17 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Resquícios furtados
As lembranças forçadas aniquilam a subtração de um fundamento rigoroso. Só posso pensar em evadir-me se, como opção, extrair-me da irrealidade... Extrair-me dessa ténue privação do pensamento que corrói a fasquia de um perene encolher suspirante... Extrair-me dessa promessa cintilante, prometedora de resquícios furtados, que no fundo são apenas uma corrente camuflada...
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Estarei com "ódio da letra redonda"?
Aqui, sentada, encontro-me na inércia da des(inspiração), no desalento da evasão oca, sem qualquer conteúdo aprecíavel. Creio ter divagado na noite pálida, por sonhos ancestrais, onde a utilidade rudimentar de um pedaço de letra se transformava em convocatória da alegoria de um parágrafo materializado. Esta crença incita o ludibriar da forma translúcida dum escrito faminto de matéria, mas a morfologia do ensejo exceptua-me e quase me aniquila com a intensidade de ser aquela regeneração suprema.
E eis que me questiono: estarei com "ódio da letra redonda"?
Enfim, venha Garrett inspirar-me esta escrita foragida...
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Qu4tro Dimensões
Deixa-te envolver por esta poética dimensional... Podes adquirir o livro entrando em contacto comigo (nataliabonito@hotmail.com) ou nos seguintes postos de venda: Planeta Azul, Esperança, Julber, Irmãs Paulinas, Editora O Liberal.
sábado, 25 de junho de 2011
Enviesamento
Querer-te na submissão submissa de um regaço
Desejar-te na rebelião passiva de um abraço
Enviesar-me na distância de um tempo comprido
Promessa regular de um suspiro gemido.
Parca de ideias, deixo-me elevar
Na sentinela reforçada do momento
Em que o poema se faz rimar
E em versos absortos ergue-se o esqueleto.
Deixo-me cobiçar pela prontidão da lividez
Incolor rosto de escrita irregular
Corpo poético deixado na rigidez
De uma estética quase peculiar.
Natália Bonito
Desejar-te na rebelião passiva de um abraço
Enviesar-me na distância de um tempo comprido
Promessa regular de um suspiro gemido.
Parca de ideias, deixo-me elevar
Na sentinela reforçada do momento
Em que o poema se faz rimar
E em versos absortos ergue-se o esqueleto.
Deixo-me cobiçar pela prontidão da lividez
Incolor rosto de escrita irregular
Corpo poético deixado na rigidez
De uma estética quase peculiar.
Natália Bonito
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Homenagem à professora e escritora Gizela Dias da Silva
Hoje, pelas 18 horas, no Museu Casa da Luz, foi homenageada a professora e escritora Gizela Dias da Silva. Um momento único e bastante emotivo, que contou com a presença de muitos amigos, familiares e admiradores desta Grande Senhora. Este evento teve como principal mentora a escritora e amiga Isabel Fagundes.
Deixo-vos aqui um pouco da poesia de Gizela Dias da Silva...
O Sol vai alto no firmamento
Rompendo as clareiras do espaço.
Pouco a pouco, meu pensamento
Clareia aquilo que faço.
É hora de actividade.
Tudo anda num reboliço,
Pessoas e animais.
Até a própria Natureza,
Sem nos darmos conta disso,
Mostra sua subtileza
Em tudo aquilo que faz,
Com grande facilidade.
Avança a nuvem ligeira,
Desce o Sol no horizonte,
Desfalece a Terra inteira,
Faz-se silêncio no monte.
E as negras sombras da noite
Chegam e estendem os lençóis.
As flores e as folhinhas,
Caídas lá da ramagem,
Choram com frio, sozinhas,
Mas, ao sabor da aragem,
Dormitam bem sossegadas,
Pelas sombras abafadas.
E nós com o dever cumprido
Nos recolhemos ao lar.
Com um ar comprometido,
A noite olha para nós,
Para nos aconchegar,
Porque ela marca o fim
Das horas que o dia tem.
Tudo tem que ser assim,
Neste mundo de vaivém.
O dia é claridade;
A noite, escuridão;
A vida, vivacidade;
A morte, queda no chão.
Gizela Dias da Silva
Deixo-vos aqui um pouco da poesia de Gizela Dias da Silva...
O Sol vai alto no firmamento
Rompendo as clareiras do espaço.
Pouco a pouco, meu pensamento
Clareia aquilo que faço.
É hora de actividade.
Tudo anda num reboliço,
Pessoas e animais.
Até a própria Natureza,
Sem nos darmos conta disso,
Mostra sua subtileza
Em tudo aquilo que faz,
Com grande facilidade.
Avança a nuvem ligeira,
Desce o Sol no horizonte,
Desfalece a Terra inteira,
Faz-se silêncio no monte.
E as negras sombras da noite
Chegam e estendem os lençóis.
As flores e as folhinhas,
Caídas lá da ramagem,
Choram com frio, sozinhas,
Mas, ao sabor da aragem,
Dormitam bem sossegadas,
Pelas sombras abafadas.
E nós com o dever cumprido
Nos recolhemos ao lar.
Com um ar comprometido,
A noite olha para nós,
Para nos aconchegar,
Porque ela marca o fim
Das horas que o dia tem.
Tudo tem que ser assim,
Neste mundo de vaivém.
O dia é claridade;
A noite, escuridão;
A vida, vivacidade;
A morte, queda no chão.
Gizela Dias da Silva
terça-feira, 21 de junho de 2011
Relógio exasperado
Não me importo com as saudações
Que me irão saudar,
Pois sabendo que me vêm em privações
Sofro sem chorar
Um pranto seco de emoções
Tormento infiel do verbo rezar.
Não me importo que as tormentas
Reajam em debandada
Cultivo a lembrança das pressas lentas
Um instinto que me guarda
Na invernia das razões desatentas
Que se dão à desgarrada.
Por isso, canto a parca valentia
Dum dissabor evocado:
Sou eu alma e rebeldia,
Refúgio de um tempo calado
Fintando a supremacia
Do relógio exasperado.
Que me irão saudar,
Pois sabendo que me vêm em privações
Sofro sem chorar
Um pranto seco de emoções
Tormento infiel do verbo rezar.
Não me importo que as tormentas
Reajam em debandada
Cultivo a lembrança das pressas lentas
Um instinto que me guarda
Na invernia das razões desatentas
Que se dão à desgarrada.
Por isso, canto a parca valentia
Dum dissabor evocado:
Sou eu alma e rebeldia,
Refúgio de um tempo calado
Fintando a supremacia
Do relógio exasperado.
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