Rejeitei a pista necessária à sobrevivência num acto desesperante. Gritos ecoaram em grandes fileiras, promovendo a agressividade passiva de um desleixo convexo. Talvez por isso tenha desamarrado a premissa recalcada daquela vertente do pensamento. Talvez por isso tenha entoado um cântico redondo na plural dimensão terrestre a que muitos chamam cubículo de vida. Sinceramente, não sei o que fiz. Encosto-me ao corrimão daquela varanda que dá para o mar e nele sinto o frio férreo da inquietação ofegante. Respirar rapidamente é o que me resta neste desnorte feito de sílabas coercivas. Penso. Mas saberei ainda pensar? Pensar... Pensar... Pensar... Repito a palavra três vezes e três vezes me pergunto: quem és tu? Agrego esta confusão e finto a calmaria do horizonte plano e, por momentos, não penso o que será pensar algo que não quer ser pensado.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
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1 comentário:
Podia aplaudir de pé se estivesse na plateia e tu...no palco. Consigo imaginar um corpo deambulando pelas escadas com o rosto meio ilumindado pela réstia de luz, que entra pela janela virada pro mar. O olhar perdido, a alma mergulhada nesse pensamento que tantas vezes fala-nos no silêncio...Quem sou eu? Um pensamento? Acredito que não!
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