Acabava a espera prudente. Não podia esboçar um sorriso, pois seria demasiado evidente verter a sensação do despudor que me consome em chamas rebeldes. Ausento-me... Perdida no meio de algo que finjo conhecer, sinto-me frágil e inquieta. Não percebo a dimensão dos sons que deturpam a voz da aragem fria expelida pelo tempo menor. Não percebo o fulgor da liberdade que se passeia pelos recintos verdejantes de um prado feito jardim. Se fosse animal herbívoro curvar-me-ia perante a frescura da erva comestível e vagarosamente roçaria os pedaços verdes e lânguidos na minha boca, sem pensar como havia ali chegado. Simplesmente, sucumbiria à vontade de comer, como se o mundo fosse somente o alimento que me dá. Mas, eu não sou um mero animal herbívoro...
domingo, 28 de dezembro de 2008
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