terça-feira, 9 de novembro de 2010

Conflituando

- Hoje, se me repreendes, é porque não sabes a verdadeira forma da convicção daquele apelo gritado. Sou eu que sorvo as apáticas realidades daqueles mundos ignóbeis e tão desfeitos de pudor e não me dou por cansada.
Mas tal frontalidade de pensamento em alta voz não demove aquele guerreiro trespassado pela ilusão de ser o verdadeiro domador de expressões assertivas. É ele que se diz contador de estrelas virtuosas por entre as noites calmas e despidas de luz, por isso pode dar-se ao luxo de enveredar pela cómica desfeita de ignorar uma voz amiga em transe filosófico.
- Deixa-te de poéticas afirmações, porque não me contento com a passividade. Vou sem medo à luta trilhar caminhos vitoriosos. Não tenho medo de nada e nada de mim tem medo, nem por um segundo. Sou matéria fiel à prestação de supressões e tu não me segues cegamente, porque não crês na minha capacidade de vencer. Não acreditas que posso fintar as amarras da sina escrita?
- Sinceramente, o que creio vai muito para além desse pensar narcisista e hipócrita de alguém que transformou seu ego em supremacia absoluta…