quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Rumores

O rumor das lágrimas esconde-se no intenso desejo de contrariar a versão das palavras por dizer. A pureza teima em sobressair num olfacto de intensas e fervorosas amostras que não percebem a manobra do masoquismo agudo inerente às voltas do perpétuo destino. Mas entristece-me a fatalidade, aquele pudor da sina humana, sem eira, nem beira! De facto, esta tristeza endoidece o meu sentir, numa mistura de amor e ódio, sem a perplexidade do sentimento que poderia habitar a minha alma.
Não sou reaccionária, nem tão pouco revolucionária! Apenas faço da luta continuidade de um profano entardecer à beira do extenso mar, porque creio na nefasta convicção de um ser além-fronteiras, uma elevada consternação do fulgor metafísico que vive na esperança de camuflar a sensatez do meu escárnio que nada tem de maldizer.

1 comentário:

Coccinella disse...

Natália,

Apraz-me tanto ver brilhar uma conterrânea. Acompanhar-te-ei, por estas letras que suspendem promessas. Agradeço-te, por me dedicares um pouco da tua atenção.

Joana Aguiar